quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

vou cair

Vou cair.
João batista – 17/12/2008.

Senhor, não está vendo isso?
Estou pisando em folhas secas,
Há momentos que sinto que não vou agüentar.
Falta luz, meu caminho se torna perigoso,
E meu cair é mais constante que meu levantar.
E é nesses momentos que penso que vou me acabar,
Pergunto, não sou mais de seu coração?
O senhor endireitou todos os meus caminhos,
Mas não mexeu no mais perigoso, o caminho de minha perdição.
Se for para me deitar em leitos incertos, prefiro morrer.
Pois é melhor morrer do desagradar a Você.
Sim você, senhor é algo muito distante.
Se você não mudar isso, sinto que vou seguir meu coração.
E o que meu coração quer, para muitos é normal.
Mas meu espírito diz que não.
Tenho percebido que no seu agir, sempre fica algo de fora.
Para que? Não é melhor consertar tudo de uma vez?
Questiono, meu livre-arbítrio serve para isso.
Ah Deus! Meu corpo não serve como morada.
Ele é o centro do pecado, ilusão de um desejo proibido.
Escravo sem direção.
Devolva Deus meu, minhas manhãs ensolaradas,
Meus pensamentos estão perdidos, o caminho se torna estreito.
Se sua mão não segurar vou despencar.
Desistir se torna fácil, como é fácil o pecado que se aproxima de mim!
Tua brasa não arde mais tão forte em meu coração.
Minhas águas não são mais mansas.
Estão descendo o barranco, despencando.
Oh Deus! Quero voltar para as águas serenas.
Ter lembranças santas, erguer, subir, pegar sua melhor estrada.
Fugir do encanto, desse amor que nego tanto.
Que a cada dia se torna mais difícil de evitar.
E o evitar maltrata meu coração.
Deus, não me resta mais nada, só a esperança.
Esperança que seus olhos estejam acompanhando o meu caminho.
E no momento certo, suas mãos vão amparar a minha queda.
Espero que não fique nenhuma ferida aberta.
Por que por enquanto é a única forma que sei amar.
Você ainda não me ensinou a amar de outro jeito.
Meu caminho, meu rumo leva a esse leito.
Faça alguma coisa!

sábado, 13 de dezembro de 2008

Pátria Amada Brasil

“Pátria Livre ou morrer pelo Brasil”
João Batista -12/12/2008

Saudade do que ficou.
De momentos loucos, inconseqüentes,
Dos anos setenta, dos anos oitenta.
De Maria Betânia, Gal Costa,
Caetano, Gil, de Geraldo Vandré.
E seu “Pra não dizer que não falei das flores”.
“É tão difícil olhar o mundo e vê que o amor não mais existe, de Roberto Carlos”.
Saudade da ingenuidade em meio ao caos.
Do olhar de desafio, diante de uma farda.
Saudade da noite no camburão.
Do coração na mão,
Saudade das perseguições, das fugas.
Das lutas comuns, do ser comunitário.
Do saldado, que com um pé na bunda me pós para correr.
Saudade do idealismo implantando em meu peito.
Do cigano bonito que me deu abrigo.
De seu cinema de lona passando “Um dólar Furado”.
De Giuliano Gemma, saudade de Jean Baez,
Do meu grande amigo Lutero,
De nosso amor livre na Rua Caetés.
Saudade do Adelson tentando ser homem, quando na verdade queria é ser mulher.
Saudade de Paulete Perigosa, enfrentando a polícia.
Do circo Transberlim, meu refúgio, minha segurança.
Tudo isso com chuva, lua cheia, frio e fome.
Cada morte um desafio, havia um ideal: uma pátria livre.
Queríamos morrer pelo Brasil.
Fui tanto menino e homem ao mesmo tempo. Desafiei.
Mas valeu a pena.
Hoje há liberdade,
O ir e vir está assegurado.
Só não esperava que o homem se tornasse uma ilha.
Fechado em si mesmo.
Não furei pneus de viaturas para isso.
Levei porrada e tampão no ouvido.
Por causa da coletividade.
É triste, o ser ficou individual.
Aí reside minha tristeza: Só aprendi a viver para coletividade.

domingo, 7 de dezembro de 2008

Saudade de um amor.

Saudade de um amor.
João Batista Neres – 07/12/2008

Amor,
Desejo de morte, de dor.
Cruel desilusão, que machuca,
Destrói meu coração.
Momentos meus que foram seus,
Seu olhar deve ser um lindo olhar.
Amor,
Desejo que meus olhos sejam seus olhos,
Só assim você não veria mais ninguém.
Perder-se-ia em meu olhar, puro egoísmo e daí.
Morro a cada dia, a cada minuto.
Não prendi o seu olhar, mas meus olhos ficaram presos ao seu olhar.
Mesmo sem nunca tê-los vistos.
Amor,
Prometi a mim mesmo que não compraria tal sentimento.
Mas, por você valeria a pena dar tudo o que tenho,
E buscar mais, e mais, e entregar a você.
Só falta saber quem você é. Sem você não há vida.
Não há sentido na vida sem amor.
Olha, isso é uma ameaça, apareça logo, ou vou virar mendigo.
Pois o que trago no peito, é para alguém como você.
Encontrei muitos amores, mas o seu eu o perdi.
Perdi sem nunca te encontrar.
Por favor, liberta meu coração, ao passar por mim, olhe nos meus olhos.
E diga que é você, diga que não preciso mais sonhar.
Diga que não preciso mais olhar para o céu à noite a sua procura. Diga que você chegou. Chegou para ficar comigo.
Diga que você faz parte de minha realidade.
Fala amor que não mais andarei só, que meu caminhar será também o seu caminhar.
Sinto saudade de você, saudade de alguém que nunca se viu.
Mas sei que o tempo está correndo para nós dois.
E não importa quando, uma hora vou te encontrar.
Vou encontrar o amor de meus sonhos.

sábado, 15 de novembro de 2008

Leito sem verdades

Leito sem verdades
João Batista Neres - 02/11/2008.

Nesse leito de mentira a alma se inebria.
O corpo se queima em um desejo ardente.
É fácil se entregar ao prazer.
Não há pureza de sentimentos não há reserva.
É um leito somente para caprichos, lascívia.
Cativos de corpo onde não há lugar para o amor.
Nesse leito sem pudor, de arroubos o animal mostra sua essência.
A volúpia se esgota, a energia da carne de esvai.
Nesse leito de inverdades só há libidinagem.
Chega ser pornográfico, insensato.
Devassidão, lubricidade, luxúria sensualidade.
São dois corpos crus, selvagens, nesse leito sem conversa.
Nesse leito não há lugar para passividade.
Só há egoísmo, urgência de desejos.
O animal volta ao seu estado primal.
O corpo invade, não pede licença.
Destrói qualquer resistência.
Para satisfazer libido.
Nesse leito sem verdade não há palavras.
O objetivo é o prazer, somente prazer.
Satisfeito cada animal segue sem rumos, opostos, distantes.
Mas logo estará novamente a procura de novos corpos.
Pois não houve saci-amento de almas.
Somente de corpos.
O ser segue vazio.

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Oração minha de cada dia.

Minha oração de cada dia.
João Batista Neres – 31/10/2008.

Deus meu que estas nos céus, na terra e em mim.
Santifico o teu nome no meu dia a dia.
Teu reino faz parte do meu ser.
Que tua vontade prevaleça em minha vida.
Em todos os momentos e em todos os lugares.
O meu pão que faltou um dia, não falte mais.
Dê-me ânimo para pagar minhas dívidas.
Estão perdoados todos os meus inimigos.
Que meus devedores, tenham com que me pagar.
Se eu cair em alguma tentação, que o Senhor não me deixe devedor.
Tu és Deus perdoador de meus pecados.
Que tua bondade permaneça em meu coração.
Que tua justiça seja minha justiça.
Que teu amor seja meu amor.
Que meu próximo seja o excluído.
Que o pobre seja meu amigo,
Para que eu jamais esqueça de minhas origens.
Que o transgressor veja em mim que vale a pena ser do bem.
Senhor dono de minha alma.
Me livre do homem mau.
Amém

domingo, 19 de outubro de 2008

Amor sem Rosto.

Amor sem rosto
João Batista Neres – 19/10/2008.

Meu olhar sem brilho, sem amor, sem paixão.
Meu corpo não satisfeito, carente de seu toque.
Minha boca sem o gosto de sua boca.
Minha mente pensando como seria o seu amor.
Acho que morrerei e não descobrirei seu sabor.
Meu amor não tem um rosto não tem corpo.
Meu amor é fantasia de mente,
Há vezes sou pintor, crio em meu ser sua aparência.
Um dia é um rosto novo que vi na rua.
Outro dia é alguém impossível para mim.
Não sei como achar meu amor, não sou de gueto.
Nicho nem pensar detesto separação.
Meu amor deve estar em qualquer lugar.
Segregação jamais. Somos iguais a todos.
Acharei você na multidão, a questão é onde.
Preciso com urgente de você, do seu sexo.
Não preciso mentir, não tenho tempo a perder.
Tem urgência em te encontrar,
Sem o vigor de minha mocidade, não há por que te encontrar.
Preciso de você agora, meu desejo quer se entregar,
E meu corpo não aceita se entregar por entregar.
Assim posso saciar-me a qualquer hora.
Mas prefiro minhas noites sem sono,
Sem paixão, pensando onde anda meu amor.
Digo que te quero, de você não me esqueço.
Eu te espero, você chegará,
Meu corpo, minha alma saberá quem você é.
E então tudo que há de bom em mim pertencerá a você.
Pois sei que será bom te pertencer.
E meu corpo vai saber o que é amar sem reserva.
E você vai abrir a porta de minha solidão.
E vai me amar, colocar sentimento dentro de mim, tirar o vazio.
E meu sorriso não será sem graça.
Brilhará e propagará seu amor.
Você estará em mim e eu estarei em você.
E então deixarei de procurar e,
Não vou mais pensar que o amor é utopia.
E meu existir dependerá de você.
Pois não quero ser mais livre. Quero ser de você.
Para sempre.

domingo, 21 de setembro de 2008

vazio

João – Vazio.
21/09/2008.

No silêncio de meus pensamentos
A tristeza permanente em meu olhar, dor.
O vazio, o sentimento inexistente, a falta da razão,
Este é meu castigo, viver um ser metade, sem ser pleno, vazio.
Quanto tempo, quantos momentos, quantos prelúdios, sentimentos ao léu.
Qualquer motivo traz lagrimas aos olhos, a alegria se fez triste, sem momentos de paixão.
Sem olhar dentro do meu olhar, se foi, não sei onde ficou o amor, o beijo.
A carência do toque, a falta de doação, o desejo não satisfeito.
O amor de meus sonhos me deixa pela metade,
Assim sendo vou vivendo só para Deus.
Até Ele me dar o meu amor.

domingo, 14 de setembro de 2008

Saudade

Saudade
João Batista Neres Filho – 14/09/2008.

Já não me resta nada, só vazio de uma dor que se foi,
Sempre o castigo, amei demais sem ser amado.
Saudade de um passado, de uma mentira, de um sonho.
Saudade de um ser que nunca existiu, sinto saudade.
É algo estranho, menti tanto que o amor era verdade.
Que agora chego acreditar, por isso sinto saudade.
Mas esse amor nunca teve um rosto, somente fantasia de meu coração.
Sonho desde menino com o ser amado.
Criei tantas fantasias com o amor ideal,
Que agora vivo do passado de minha mente.
Mas essa ilusão não foi embora.
Ainda durmo pensando num rosto para meu amor,
Nesse rol, surgem rostos para ocupar essa minha fantasia.
Mas logos são descartados, são seres que não podem pertencer a mim.
Ou pelo menos penso que sim.
Amei, amei, amo, amo, mas estou sem ninguém.
Durmo e abraço o meu travesseiro, ele é o único amor que me resta agora.
Acordo sozinho, no meio da noite, procurando por meu amor.
Encontro meu travesseiro, fico com ele.
Só queria um beijo, mas meu travesseiro está no chão.
Ainda bem, pois só faltava eu beijar um travesseiro.
Não entendo.
Como pode um cara que gosta de estrelas, de lua, de mato.
Ficar sem amor?
Talvez seja porque o meu ideal de amor não exista.
Ou talvez o objeto do meu amor, não é adequado a mim.
Mas como se não escolhi?
Quisera eu ter uma chance de fazer uma escolha nesse sentido,
Meu beco é sem saída.
Embora nunca liguei para essa hipócrita sociedade.
Desisti do objeto do meu amor, simplesmente não quero mais amar uma mentira.
E pedir a Deus que me sustente, e deixe pelo menos o meu travesseiro.

terça-feira, 9 de setembro de 2008

CONHEÇO MEU PAI – 23/01/2007

CONHEÇO MEU PAI – 23/01/2007
JOÃO BATISTA NERES FILHO

Purifica-me ó Pai, limpa-me dos destroços de minha alma.
Seu poder pode tudo, basta que eu ceda lugar para a Sua presença.
Preenche cada célula do meu ser com a sua unção
Arrebata-me, leva-me a lugares jamais imagináveis, onde só os santos foram.
Quero ver a tua glória, mostre-me a face de sua misericórdia,
Plante em meu coração todo o seu amor,
Cultive em meus pensamentos toda a sua sabedoria,
Arranque do meu ser todas as futilidades humanas,
Quero ser santo, separado, guardador de seus viveres,
Resgatador de almas perdidas me ensine o caminho,
Para que minha liberdade possa repousar em Ti,
Sei que Tu esta a me espreitar, não consigo fugir de seu olhar.
Teu olhar às vezes incomoda-me, repreende, me endireita,
Há vezes consigo imaginar até o arquear de suas sobrancelhas me censurando
Repreenda-me sempre ó Deus só assim posso ser santos
Quero glorificar o seu nome
Obedecer cegamente o seu mandar.
Rege os meus passos, minha vida,
Levante-me quando eu cair, pois sei que haverá tombos,
Mas as vitórias serão as minhas esperanças.
Lança-me onde quiseres me lançar e eu irei sem perguntar, confio em ti.
Conheço a voz de meu pai, mande e eu irei,
Aleluia
Vejo vindo do céu as respostas de minhas petições,
Sem intermediários, tudo que eu pedi esta vindo do céu,
Diretamente de suas mãos, sinto que te pertenço,
Canto, canto, canto, não existe mais choro,
Todos os portais foram abertos,
As trevas foram expulsas, agora só existe claridade,
Aleluia sou santo, sou filho de Deus sou livre.

AMO-TE SENHOR-02/07/2006

AMO-TE SENHOR-02/07/2006
JOÃO BATISTA NERES FILHO

No turbilhão da vida me arrastei,
Nos prazeres efêmeros da minha trajetória me perdi.
Em viagens infernais embarquei,
Em dores profundas me meti.
Em critérios não criteriosos me afundei,
Em alucinações torpes do meu espírito me entreguei.
Em pensamentos medíocres me arrastei, em lodo fétido mergulhei.
Mas em meu desespero sua luz resplandeceu em mim,
Tirou-me das garras da escuridão,
Levou-me a um porto seguro e me fez navegar em águas serenas.
E como nada faz pela metade,
Criou em mim um escudo protetor.
Transformou até o meu dormir e deu contentamento ao meu levantar.
E como se isso ainda não bastasse, restaurou completamente o meu interior.
Tirou o meu pé do passado e o colocou no presente
Arrancou de mim uma tristeza sem causa e me deu uma alegria genuína.
Louvo-te Senhor até na dor, pois contigo até a dor se transforma.
Há sempre uma luz no fim do túnel.
Tu não és de fim, mas de começo,
Mas como pecador que sou, luz no começo me cegaria.
Não sou digno de ti, mas fazer o que se tu achas o contrário?
Obrigado Senhor pela sua misericórdia.
Obrigado Senhor pelo meu renascimento.
Amo-te meu Consolador,
Amo-te meu Salvador.
Amo-te meu amor.
Amo-te meu Senhor.
Obrigado pelo meu novo caminho,
Caminho seguro, reto.
Caminho do justo
Caminho de gente
Caminho de crente
Caminho que pesca, que salva, que resgata.
Caminho de amor.
Amo-te Senhor.

Amor de Jesus (de drogado a pescador de almas) – 30/11/2007.

Amor de Jesus (de drogado a pescador de almas) – 30/11/2007.
João Batista Neres Filho

Senhor dono de minha alma, da minha historia.
Perdoador de minhas transgressões.
Majestade coroada com anel de espinho.
Que sofreu por mim, que nada sou,
Que pelos meus pecados, sua morte foi selada.
E seu sangue lavou a minha iniqüidade.
Seu corpo, traspassado por lança.
Agonizado por morte de cruz
Soltou as correntes da minha culpa atada a satanás.
Senhor dono de minha vontade
Que quando eu estava morrendo, consumido pela droga.
Perdido em pensamentos infernais
Deu-me carinho e me deitou em seus braços.
Que para me salvar por completo, transformou o meu redor.
Pegou quem me traficava e o transformou em pastor.
Afastou os companheiros dos prazeres mundanos.
E colocou anjos para cuidar de mim.
Senhor que me deu um novo amor e se colocou dentro de mim.
Não me deu amor de homem, de Jesus mesmo.
Amor que não engana, que só dá acalanto.
Amor seguro, que derrama alegria.
Amor que transforma.
Transformou um drogado em um pescador de almas.
Deu-me amor que restaura sonhos.
Que equilibra vidas destroçadas.
Amor maior, amor de Deus,
Que curou cada célula de meu cérebro.
Por isso ergo minha voz para gritar.
Não há Deus como Tu.
Por isso escrevo palavras de amor para Ti.
Levanto minha mão para Ti adorar.
Sem me envergonhar, levo sua palavra debaixo dos braços.
E seus ensinamentos guardados no meu coração.
Bíblia para quem não sabe.
Para mostrar para todos que sou de Jesus.
Que me levantei do chão, para falar de sua doce figura.
Obrigado meu General, por vencer as minhas guerras.
Dê-me a sua ordem e eu a cumprireis.
Mande e eu irei, desde que segurando em suas veste.
Para não correr mais o risco
Risco de me perder de Ti.

Vida de Santo é muito chata

Vida de Santo é muito chata
João Batista Neres Filho – 05/08/2008.

Que sentimento tolo, mentiroso.
Onde fui colocar minhas esperanças, em que momento me perdi?
Que coisa boba esse tal de amor.
Como pode se confundir algo da natureza.
Como ser racional me recuso a acreditar em tal coisa.
Sim coisa, ferramenta forjada pelo tempo.
Para garantir a sobrevivência de meros humanos.
Como confundir arma da biologia, com sentimento.
Amor não existe, existem os lerdos que buscam razão.
Razão para suas vidas medíocres, como também fui um dia.
Essa ilusão torna a pessoa menos espertas.
Prefiro a paixão, sentimento de arroubos,
Onde não ha polidez, onde o ser se mostra por inteiro.
Sem tempo para pensar e corrigir falhas de caráter.
Esse é o verdadeiro sentimento,
O que possibilita a entrega total, sem reserva sem pudor,
O ser não se anula, ao contrário é totalmente egoísta.
Verdadeiro homem, verdadeiro mulher.
O amor permanece em sua monotonia.
A paixão se consome, exaure nossas forças.
O amor envelhece, a paixão rejuvenesce.
É bom enquanto dura, vai logo embora.
Não quero nada para sempre.
Prefiro a obscuridade da paixão à lucidez do amor.
Prefiro passar pela vida chamuscado,
Não quero a morosidade, nasci para os arroubos,
Meu ser não se contenta com algo tão patético.
Quantas portas se cerraram atrás de mim,
E eu encerrei o que julgava por amor.
Sou ser carnal, passional,
Por isso deixo o amor para os anjos,
Eles sim, por não terem gêneros, podem se permitir a tal sentimento.
O homem carnal que é, como poderá amar no egoísmo?
Sim o amor é para os anjos.
A paixão é para mim.
Mesma sabendo que ela não dure, nisso está o seu encanto.
Vai embora como chegou, deixando marcas profundas.
Mas garantindo os melhores momentos da vida.
Principalmente para quem não tem a pretensão de ser santo.
Jamais usurparei esse posto.
Prefiro o tango, valsa jamais.
Vida de santo é muito chata.

Sacia-me

Sacia-me
João Batista Neres Filho – 17/07/2008

Ah amor de meus sonhos
Que de tão longe deixei de procurar
Onde esta o meu amor,
Como saberei de quem sou
Se meu amor não me buscar.
Como gostaria de ceder a tentação
Antes que ela fosse embora
Tentação é algo urgente
Noturnos arrepios em minha busca,
Revirando leitos, satisfazendo pecados.
Ah doce pecado, sou forte não quero ser forte.
Não tenho escolha, quero escorregar pelo seu corpo,
Saciar-me nesse corpo
Quero me consumir na sua paixão.
Com urgência quero me entregar
Me chamuscar, queimar, me transformar em brasas.
Ah amor de meus sonhos
Quero chorar, me dar, não me conter.
Reter pra quê?
Quero explodir dentro de ti
O amor se expandindo, indo até o fim.
Razão pra quê? Só quero me entregar.
Me esquecer e me enxergar no seu olhar.
Quero um minuto de prazer.
Seu corpo pedindo por amor
E eu saciando o seu prazer,
Ah amor de meus sonhos
Meu coração é teu.

Desejo de uma alma

Desejo de uma alma.
João Batista Neres Filho – 03/09/2008

Preciso de amor de uma noite, que seja de aventura,
Quero amor nem que seja só por brincadeira,
Não precisa ser amor inconseqüente, mas que seja ardente.
Preciso de amor, saciar meu desejo, apagar essa brasa incandescente.
Deixar o bom senso, entregar meu corpo, minha alma, minha mente,
Preciso de um amor que nunca olvidou em minha essência.
Quero um amor para me lembrar que sou gente.
Quero um amor que misture sexo com nexo e verso, devaneios.
Preciso de um amor que me causa dor, sofrimento.
Loucura. Não. Desespero de uma alma vazia.
Quero um amor com cor, com um estranho, que me faça mudar de caminho.
Quero um amor estrangeiro, sem culpa, somente para tirar o momento que estou vivendo.
Quero um amor com todas as suas mazelas, angustias, mentiras.
Ou será verdades não ditas?
Sei lá quero um amor.
Quero amor como quero um grito, grito de libertação.
Quero um amor que me enlouqueça.
Que seja urgente.
Pois minha mocidade se esvai.
E não quero morrer sem amor.
A não ser que tal sentimento não exista em humanos.
E não me venha com amor de Deus, pois esse eu já o tenho.

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Grandeza de Deus

Grandeza de Deus
João Batista Neres Filho – 15/11/2007.

Pelos portais, passo e prostro-me diante de Ti.
Presto a devida honra, dou minha vida.
Pelas janelas de minha alma, enxergo Tua luz.
No horizonte, percebo Tua grandeza.
No encontro do dia com a noite, noto a Tua perfeição.
Na tempestade, raios e ventos limpam tua criação e,
Depois do vendaval, o ar mostra o Teu agir.
A alvorada mostra que tua criação é um poema, harmônico é Tua obra.
Com lágrimas, percebo tudo isso e
Encho-me de alegria quando um pouco de Ti toca em mim.
Cubro-me de tristeza quando meu pensamento afasta-me de Ti.
Sou réu confesso das artimanhas da minha mente,
Mas tu és sempre fiel, preserva minha vida afastando as ciladas.
Põe Teus anjos ao meu redor para endireitar meus caminhos.
E isso renova minha comunhão contigo,
Percebo claramente que sou Teu filho, criação de tua majestade.
Sou filho do rei, então sou príncipe, aleluia!
Sei, com certeza, que me amas, conheces todos os meus passos.
Quando vou ao chão tu me levantas, pois o que é teu tem que ficar aprumado.
Como filho, percebo que Tu te agradas de mim.
Com meus defeitos, minha pequenez,
Percebo que está interessado no meu coração e não nos meus tropeços.
Estes Te presto conta todos os dias e são perdoados,
Raro é o pai que não perdoa seu filho.
Ainda mais quando esse pai é Deus.

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Senhor dono de mim:

Senhor dono de mim.
João Batista Neres Filho - 06/07/2008

Deus,
Expõe-me diante de Ti,
Minha intimidade pede socorro.
Não o sinto perto e de longe não quero te adorar.
O Senhor está calado, está trabalhando?
Quero o seu melhor então trabalhe comigo.
Teu silencio me incomoda, machuca meu coração.
Ah! Senhor sei que sou o culpado, tenho Te procurado pouco.
Então redobre meu ânimo nessa procura.
Coloque –me dentro de minhas medidas.
Para que eu possa ser grande em te adorar.
O erro está em mim e o Senhor é Deus, ajude-me a consertá-lo.
Ajude-me a romper a multidão que há em mim.
Para que eu possa tocar em suas veste.
Pois basta um toque de Ti para que tudo possa se tornar novo.
Não quero ser mais um vaso, quero ser o seu vaso.
Nesse momento seu vaso está trincado, então quebre-me de uma vez
E faça-me de novo, pois quero ser barro em Tuas mãos.
E ser seu vaso de honra.
Como sustentarei a Tua glória? Ensina-me novamente a te buscar.
Nesse momento de sua ausência sou mais um na multidão.
Toque-me Senhor enche meu espírito com sua glória.
Seja o autor e consumador de meus anseios.
Minhas células não se converteram a Ti.
Ensina-as e mostre a elas que o Senhor é dono de tudo que há em mim.
Que farei eu, se tudo desaba diante de mim?
Meu ser, minha essência, meu intimo, pede algo que não quero dar.
Renova seu ser em meu ser, purifica minhas entranhas,
Já estive em muitos leitos sem amor, e só me deram dor.
Em vez do fogo abrasador que dilacera minha alma.
Mande seu fogo santo para apaziguar minha carne.
Oh Deus! Como é difícil louvá-lo nesse momento!
Não vejo mais anjos, seu Espírito está longe mim.
Meu espírito trava batalha com a prisão que o retém: a carne.
Jesus tome o seu lugar, lute essa guerra em meu lugar.
Quero entrar pelas portas do seu céu aprovado por Ti.
Sem Ti, que serei eu?
Abre meus ouvidos para ouvir: Se o Senhor é por mim, quem será contra mim.
Abra as comportas de seu amor e inunda meu ser.
Pois só tenho a minha vida para entregar a Ti.
E quero entregá-la sem reserva.
Sou de Ti e de mais ninguém.
Ajude-me, Senhor.

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Lembranças de Menino.

Lembranças de menino.
João batista Neres filho

Lembro de um menino.
Lembro de uns meninos.
Lembro de muitos meninos.
Lembro de um menino pequeno, buscando entender as coisas.
Lembro de uma mãe fraca, desfazendo dos suprimentos do lar.
Lembro de um menino que sonhava, só sonhava.
Lembro de uma casa, piso de taco.
Lembro de um menino que morava em uma casa de tacos sujos.
Lembro de um menino que sentia nojo desses tacos.
Lembro de um menino que via tanque com roupas sujas que também lhe dava nojo.
Lembro de um pai pedindo a esse menino para fazer a janta.
Lembro de um menino que não sabia cozinhar, mas cansado o pai comia.
Lembro da marmita que o menino preparava enquanto sua mãe dormia.
Lembro de um sonho que esse menino tinha, sonhava com outra casa.
Lembro de um menino que sonhava em não fazer marmita.
Lembro de um menino que sonhava com uma casa sem taco, sem cheiros de urina.
Lembro de um menino indefeso, mas que sonhava.
Lembro de um pai batendo em uma mãe alcoólatra, lembro do menino apavorado.
Lembro de um menino pegando ônibus descalço, sem camisa.
Lembro de um trocador (hoje é agente de bordo) brigando com esse menino.
Lembro de um menino indo buscar ajuda.
Lembro de um menino envergonhado, que nada entendia.
Lembro de um menino roubando sabonetes de sua tia, pois detestava cheiro de sabão comum.
Lembro de um menino na janela do vizinho, assistindo televisão.
Lembro de um menino tomando ovos quentes na escola, quase cru.
Lembro de um menino que precisa vencer a desnutrição.
Lembro de um menino que trancava seus cadernos para que seus irmãos não rasgassem.
Lembro de um menino que se matriculava sozinho, pois sabia que precisava estudar.
Lembro de uma irmã que casou e foi embora
Lembro de um menino pensando em arrumar um homem para casar e ir embora também.
Lembro de alguém explicando a esse menino que homem não casava com homem.
Lembro de um menino querendo ser grande, ser rico.
Lembro de um menino que odiava a pobreza.
Lembro da alegria desse menino por ter passado na prova do SENAI.
Lembro do primeiro emprego desse menino em uma banca de revista,
Lembro que lá esse menino descobriu a leitura, e sonhava e sonhava.
Lembro de um menino que se tornou homem, que se fez sozinho.
Lembro também que mesmo já homem, mesmo com tudo que a vida lhe deu,
Esse menino que hoje é um adulto nunca deixou de sonhar.
Pois, tudo que esse menino procurou e ainda como adulto continua a procurar é o amor.
Mesmo comprando alguns “amores”, esse hoje homem continua a buscar.
Pois, mesmo com tudo que a vida lhe deu, ele só não aprendeu uma coisa:
Que amor não se compra se dá.

Olhos de Taís

Taís:
João Batista Neres

Ah! De você ficará somente uma imagem.
Imagens inertes, perpetuadas no tempo.
Seus olhos, de cor de mel falam.
Procuro neles algo que denunciam algum relance de sua personalidade.
Falam uma linguagem que não entendo.
Vejo um quê de pureza, algo de porto seguro.
Olhos penetrantes, que sonda alma.
Jamais vi olhos como os seus!
Deus meu, quando penso que já estudei tudo a seu respeito.
Tua majestade coloca tais olhos diante de mim.
Para nós poetas, os olhos são “as janelas da alma”.
São janelas de Taís.
Ah senhorita!
Que me conta seus olhos? Pureza?
Contam algo de bom, como bardo dou-me o direito de errar.
Afinal o que seria a vida sem os olhos da Taís?
Deus quando cria, coloca perfeição.
Exagerou. Seus olhos foram desenhados.
Os traços de Deus são perfeitos.
Encheu tal cavidade com mistérios.
Com o contato a aura do mistério se desfaz.
Mas jamais esquecerei de tais olhos.
São olhos que contam sonhos, saber...
São olhos de Taís.

Minha mãe

MINHA MÃE
JOÃO BATISTA NERES FILHO

Mulher forte, guerreira, isolada em seus sonhos,
Fala da dor física, mas mantém a dor da alma escondida,
Diz que não conheceu o amor, ainda menina entregou sua pureza a um homem.
Mulher que não foi permitido sonhar,a vida não lhe deu essa oportunidade.
Mulher que foi humilhada, tripudiada, e envergonhada,
Mulher que por um momento se julgou fraca e sem força e decaiu
Mulher que se levantou das cinzas, como fênix que nunca morre.
Mulher julgada tola por todos, mas a mais sabias de suas irmãs,
Mulher que se sujeitou ao homem rude, mas por amor de seus filhos
Manteve-se fiel.
Mulher que passou fome, que aceitou migalhas e se humilhou para proteger sua prole,
Mulher tão amada por Deus, que ele lhe confiou dez de seus filhos
E lhe tomou dois de volta, para testar seu coração.
Mulher que sofre calada e possui uma tristeza que eu ainda não entendo
Mas que isso fique escondido, esse direito ela tem.
Mulher intrépida, corajosa, cuidadora de almas.
muitas vezes incompreendida.
Mulher que nos meus primeiro passos a vi indefesa sendo esbofeteada na cara como Jesus também o foi.
E só mais tarde vim saber que aquele homem era meu pai.
Mulher que na minha pequinês me fez revoltado com sua passividade como apanhar calada?
Hoje sei que era para não assustar seus filhos
Mulher tão diferente de mim e ao mesmo tempo tão semelhante,
Duas almas de gênios, de línguas afiadas, forte como tronco de arvore centenária.
Mulher com quem brigo, mas a única que amo.
Mulher a qual me fez afastar para não vê-la sofrer.
Mulher que hoje me preocupa, pois vejo sua vitalidade diminuindo,
Não tenho forcas para vê-la encurvada.
Mulher virtuosa, que por um momento teve sua honestidade colocada a prova, mas de novo deu a volta por cima.
Mulher que eu acho que fala de mais, e daí pior seria se falasse de menos.
Enquanto fala sei que esta viva,
Continuarei brigando com ela, pois o dia em que eu parar é por que Deus a levou e quando isso acontecer vou continuar não amando ninguém, pois não existirá mais mulher que ocupe seu lugar.
Por isso mamãe mantenha-se viva , assim eu vou ficar bem.

sábado, 17 de maio de 2008

PAIXÕES

Paixões – 16/05/2008.
João Batista Neres Filho.

Quantos enganos, tantos amores profanos,
Quantos amores perdidos, sofridos.
Quantos sonhos jogados fora, tantos devaneios,
Anseios não realizados, encontros frustrados.
Mentiras ditas, malditas, feridas abertas, malditas feridas.
Sozinho. Momentos passados, distantes, chorando.
Largado pela vida, promessas quebradas, coração arrebentado.
Cadê você que não me amou?
Onde estão seus olhos que nunca enxerguei?
Com qual caricia saciarei o seu desejo, qual a forma de seu corpo?
Quando será o primeiro beijo, quando te vejo?
Verei você um dia? Não sei.
Desejos mundanos, carnais, onde está seu aroma?
Qual a forma de seu amor? Amor tem forma?
Desejo. Ah maldito desejo, como aplacar sua urgência?
Animal ferido, acuado, enjaulado, dentro do peito o amor dói.
Amor por quem? Nunca existiu ninguém.
Amores, mentira, cara-metade ilusão.
Paixão, atração, secreções. Faça-se o homem.
O ser precisa existir.
Nada é o que é. O verniz na face sempre encobrindo.
Ninguém se descobre por inteiro, sempre há o oculto.
Que pena! Existem verdades e verdades.
Por isso, sofro, em mim não há reservas. Mostro-me por inteiro.
Choco, ainda bem!
De imediato sou amado ou odiado.
Nisso ninguém pode me enganar.
Estou sempre machucado, mas correndo sempre atrás de uma utopia: o amor.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

DEUS E O LIVRIO-ARBÍTRIO

DEUS E O LIVRIO-ARBÍTRIO.
JOÃO BATISTA NERES FILHO – 10/02/2007

Como entender a personalidade de Deus? Por mais que penso não consigo responder. Como entender sua supremacia, se só Ele pode entender a Ele mesmo? Suas coisas são loucas, em primeiro momento fora de nexo, paradoxos estão sempre presentes em sua obra: Humildes são exaltados, ignorantes tornam se eruditos, fracos tornam se intrépidos. Lobos tornam se cordeiros, quem destruía passa a construir, quem era mau passa a ser bom, enfim usa as coisas menores ou piores para torná-las maiores ou melhores.
Há determinado momentos que a impressão que se tem é que Deus está brincando conosco, mas ao analisarmos os fatos a única conclusão que chegamos é que Deus está sempre ensinando, Ele nem sempre vai direto ao assunto, alias não poderia ser diferente, pois é muito mais fácil aprender dessa forma, Ele não quer viver nossa própria vida, por isso Deus nos deu o livre-arbítrio para que nós mesmos cheguemos a um lugar seguro sem sua interferência direta. Isso não quer dizer que Deus não age diretamente em determinadas situações. Tenho visto muitas situações em que qualquer um percebe ali um agir direto da pessoa de Deus, mas sempre que a ocasião o permite Ele nos dá a liberdade de agir.
Talvez por isso é que muita gente culpa Deus pelos seus fracassos, não percebendo que se não tivéssemos a liberdade de agir seriamos robôs em suas mãos, por isso devemos sempre ser grato a Ele pelo nosso poder de escolha. Nada em toda trajetória de nossa vida nos é imposto. Existem pessoas que contraem uma doença grave e culpam a Ele, há pessoas que estão na condição de miséria e culpam a Ele, não percebem que a vida é feita de escolhas e que se estão nessas condições é porque fizeram uma escolha errada no passado. Todos os excessos cometidos no passado nos causam algum dano no presente e Deus não é culpado de termos escolhido o caminho errado.
Sempre que estamos para fazer uma escolha errada, Deus nos conecta diretamente a ele ligando se assim posso dizer “nossas antenas de alertas”, se prestássemos mais atenção a esses sinais muitos transtornos seriam evitados.
Uma pessoa está sempre ligada a Deus, mas é no momento em que esta começando a fazer suas escolhas na vida que ela mais precisa estar atenta a voz de Deus, a pouca idade não impede que se siga o caminho correto, uma vez que nessa idade as decisões são sempre para resolver assuntos pertinentes aquele momento e não para a vida toda. Nessas horas os pais têm uma importância vital, pois se estão criando os filhos com embasamentos bíblicos as decisões são sempre mais fáceis de serem tomadas. Posso dizer por experiência própria que o conhecimento religioso deveria começar antes de qualquer outro ensino, pois o ser humano precisa de limites e Deus tem um papel fundamental nisso, embora falo em limites, isso não impede nosso livre-arbítrio de agir. Pais que não professam uma fé e que não transmitem isso aos seus filhos estão criando adultos sem esperança, com problemas existenciais e frustrados. A personalidade de alguém não nasce com ele, vai sendo forjada através das experiências que cada um escolheu passar. Surge daí a grande necessidade dos ensinamentos religiosos dos pais aos seus filhos desde a mais tenra idade, o único cuidado que tem que se ter é transmitir esses ensinamentos como Deus faz conosco, sem imposição.
Tome o caso de dois rapazes amigos, um depois de muitos sofrimentos na vida, resolveu dar um basta e procurar assistência religiosa, assim começou seu caminho rumo a Cristo, o outro depois de algumas resistências resolveu seguir pelo mesmo caminho. Receberam ambos os mesmos tratamentos prestados pela a igreja local. O primeiro perseverou acatando os ensinos de seu pastor e aceitando a autoridade de Deus sobre a sua vida, continua firme e progredindo espiritualmente, houve uma mudança de atitude completa, sua vida mudou completamente. O outro enganou a todos fingindo uma mudança de atitude, ou pelo menos achando que bastava ser “morno” para se chegar a Deus. Pelo que se sabe, sua vida não anda nada boa, envolveu outras pessoas em sua história, voltou a beber, fumar. Se receberam o mesmo acompanhamento, porque ambos seguiram caminhos tão diferentes? A única explicação esta em nosso livre-arbítrio. Ambos tiveram poder de escolha, o nosso consolo é que podemos sempre voltar atrás, Deus nos dá essa oportunidade. Mesmos nos últimos instantes de nossa vida terrena, Deus nos chama a uma mudança de atitude, acredito que mesmo em nosso ultimo minuto de vida, se nosso livre-arbítrio nos levar a um arrependimento verdadeiro, Deus nos levará para a sua morada.
Nesses últimos anos as pessoas andam muito preocupadas com o aumento da violência, parece que já estamos vivendo o que está escrito em Mateus 24.5-14 e o amor esta se esfriando, nessa época atual nossas escolhas precisam ser pensadas com mais responsabilidades para que não haja isolamento ou preocupação em nosso meio, chegou-se ao tempo em que a sabedoria mais do que nunca precisa a andar junto com o livre-arbítrio, não podemos ser somente cristãos agindo com o coração, a razão tem que prevalecer sempre, por isso é tão importante a leitura e o entendimento da Bíblia. Ela nos da sabedoria para que nosso poder de escolha possa ser praticado sem erro, pois as coisas das trevas estão sempre ocultas em pequenas armadilhas que nem sempre percebemos, e isso está sempre agindo nas coisas do cotidiano. Devemos tomar o cuidado para não cair nessas armadilhas. Precisamos saber se somos nós que estamos resolvendo as coisas ou se é outro fator que está agindo com o intuito de nos confundir. Deus nos faz, através de seus ensinamentos, a chegar a uma escolha que será para o nosso bem, as trevas nos cega afim de que não possamos ver o caminho que devemos seguir, mas Deus também nos ensina a lidar com elas, se estivermos atendo, ninguém nunca fará nossas escolhas. Devemos entender que Deus nos criou com o poder de pensar, por isso ele nos deu o livre-arbítrio e a falta de conhecimentos (trevas), nos impede de fazer as escolhas certas. Daí é que uma pessoa precisa ter contato com as coisas de Deus logo cedo, para que possa a aprender a usar a sua liberdade com sabedoria. Agora no inicio de meu curso de teologia, ouvi um professor dizer que na opinião dele o ser humano havia perdido o livre-arbítrio com a queda de Adão e que somente o recuperava quando se tornava cristão, não concordo com ele, pois mesmo em pecado Deus não nos tira a liberdade de escolha, mesmo que optamos pelo mau, o livre-arbítrio está presente. No mau também existe liberdade de escolha do contrário não poderíamos mudar de opinião e seguir o caminho do bem. Nessa condição de não cristãos, podem até tentar fazer nossas escolhas, mais temos o poder de dizer não a essas escolhas, não podemos imputar a culpa da má opção a ninguém, cabe a nós a decisão do que queremos.

PRECISO DEIXAR DE SER CHATO

DEIXAREI DE CHATO
JOÃO BATISTA NERES FILHO – 24/02/2007.

Decidi que deixarei de ser chato. Vou mudar de opinião. Descobri que andava dizendo por aí que nem todo mundo tinha nascido para viver acompanhado, simplesmente para ocultar minha incompetência em conquistar alguém, que só Jesus me bastava. Aprendi, observando um casal amigo do qual gosto muito, que preciso deixar urgentemente de ser chato. Vendo-os pude observar que ninguém nasceu para viver só. A morte veio ceifar a vida de um desses meus amigos e a tristeza se apossou do outro. Durante uma semana ele não se alimentou direito, fiquei preocupado. Acredito que para esse meu amigo eu sou o “deus” dele. Quando o procurava ele ficava me olhando, talvez, pensando: O que esse meu “deus” esta fazendo, será que ele não vai fazer nada? Será que não está vendo o meu sofrimento?
Descobri que sou muito chato, que se estou sozinho é porque ninguém me agüenta. Aliás, se pudesse namorar comigo mesmo não ira querer de jeito nenhum. Preciso mudar, se quero arrumar alguém, realmente preciso mudar. Descobri que sou muito chato. Só minha mãe mesmo para me agüentar. Aliás, para minha mãe, não sou chato, mas exigente. Tão exigente que preferi morar sozinho, longe dela.
Observando esse meu amigo descobri que sou muito chato. A namorada dele era muito mais velha, mas para ele não importava. Ele a queria de volta e, como ele achava que eu era o seu “deus”, a sua quietude era para me lembrar que eu não estava fazendo nada para ajudá-lo.
Descobri que sou muito chato, pois ele me fez compreender que se eu tinha nascido para viver sozinho ele não. Ele queria outra companheira.
Resolvi deixar de ser exigente e sastifazer a vontade desse meu amigo. Como “deus” dele que sou, depois de uma semana de viuvez, resolvi arrumar outra namorada para ele e foi o que fiz.
Hoje a alegria passou a reinar novamente em seu lar e sua gratidão por mim passou a ser constante, seu cantar demonstra isso. Arrumei uma namorada para ele.
Aprendi com meu periquito australiano que preciso urgentemente deixar de ser chato e arrumar alguém também.

VOU PARA AS TREVAS

Vou para as trevas
João Batista Neres Filho – 06/12/2007

Na Tua morte, minha salvação.
Na Tua cruz, minha vida.
No Teu sangue, minha liberdade.
Tu não me deixaste beber do meu cálice.
Cálice amargo, cálice de morte, cálice do pecado.
Pela minha vida, Teus nervos foram traspassados.
Por amor de mim, Tua carne foi dilacerada.
Tu foste moído para mudar minha herança.
Hoje herança do perdão.
Nada foi em vão, Tu é o rei da minha vida.
O centro, o Deus que anda os meus passos.
O alvo, no qual direciono meus sonhos.
O amor de minha vida.
Que me tirou os pesadelos.
E mudou o meu dormir.
Tua graça repousa em mim.
Tua misericórdia, Teu amor agora posso sentir.
Que faço eu?
Envergonho-me.
Como fugir de sua onisciência?
Nenhum pecado meu fica oculto diante de ti.
Isso me constrange, me trás de volta.
Faz-me lembrar que derrotou a minha morte.
Que foi o único que se importou.
Então seguro em Tua mão e ando sem medo.
Mesmo sem asa vou voando ao encontro de Tua alvorada.
É lá, onde há luz, que o Senhor quer que eu fique.
Não por muito tempo.
Pois, Teus seguidores possuem luz própria dada por ti.
Por isso vou para as trevas, crente não fica na luz.
É nas trevas que faço a diferente.
Como pode a luz clarear a si mesma?
É lá que preciso lutar e vencer.
É na escuridão que preciso levar o seu amor.
Hoje entendo!
Deixou que eu tivesse experiência com a sombra do mal.
Para poder vencê-lo.
Obrigado!

sábado, 26 de abril de 2008

Jesus Derramou amor dentro de mim.

Jesus derramou amor dentro de mim.
João Batista Neres Filho. 29/12/2007 21:13

Senhor,
Que tua palavra me sirva de escudo, cria em mim um espírito segundo a tua vontade. Santo, Santo, Senhor de minha vontade, bendigo o teu nome.Quero estar sob o seu governo, conduza-me a teu altar. Preciso estar em lugar onde o Senhor possa me tocar. E usufruir as delicias prometidas por ti. Para sempre quero estar contigo.
Nesta hora, afasta de mim a incerteza e esteja comigo. Neste momento meu Senhor, penso em fugir, a não mais falar de ti. Então sinto seu olhar posar sobre mim, fazendo-me ver que o meu senhor não me esqueceu. Isso me faz olhar para trás, e vejo que sempre teve o controle de tudo. Permitiu que eu fizesse minhas escolhas, para que eu aprendesse com meus erros.
Deixou que a morte se aproximasse de mim, mas sem nuca me tocar.O senhor permitiu a sua aproximação, para que eu aprendesse a lutar contra ela. Lembro-me de quantas vez permitiu que meus inimigos retirassem minha paz para que eu aprendesse a ter domínio. Como demorou o domínio, embora ele ainda não esteja completo prossigo.
O senhor até o momento não me permitiu nenhum amor terreno, somente ilusões para me machucar. O senhor não disse que não é bom que o homem esteja só? Sei que inspirou um dos seus a dizer que nem todos estão aptos para a união. É esta a resposta? Sou exclusividade sua? Se assim for então falta o Senhor fazer como da outra vez em que trocou o meu sangue e me livrou das drogas. Agora é preciso que o Senhor coloque amor dentro de mim, para que meu pisar seja forte e eu não tenha que depender de amor terreno. Preciso disso para que eu meu querer seja o seu querer. Para que eu não venha a pensar em esconder-me de seu olhar, pois sei que ninguém o pode fazer.
Deus meu, Deus meu! Olha para dentro do meu interior, e limpa. Limpa-me de toda a nodoa do passado, ora o Senhor sabe tudo ao meu respeito e me entende. Pois então saiba que não quero ser como Paulo com o seu espinho na carne.Quero ser livre para adorá-lo, e sem dúvida é mais fácil sem espinho. Agora, se é para lembrar-me sempre de onde eu saí, pode deixar o espinho, mas de vez enquanto o retire somente um pouquinho. E quando eu estiver me sentindo seguro de si, o dono da verdade, faça-me o favor de colocá-lo no lugar rapidinho, pois esse negócio de ser o dono da verdade é muito perigoso. É querer concorrer contigo. Preserva-me dessa pretensão.
Por favor, Deus, ponha seus anjos para me guardarem. Não me deixe mais ser ferido. Por isso nesse momento prostro-me diante de ti, e peço que afaste o vale da solidão. Nessa hora clamo ao Senhor, meu Jesus. Abra seu céu sobre mim e mande o socorro que necessito. Mostre-me a tua face, e seja o meu amor, aliás, meu grande amor. Só assim poderei continuar lhe servindo. Sirvo-lhe porque te amo. E venho nesse momento de batalha ofertar não só o meu lar onde faço Teu culto, mas toda a minha essência e também minha vida. Se por algum motivo eu for privado do seu amor, prefiro que não haja vida. Prefiro cair no esquecimento, experimentei o seu amor, e não sei mais viver sem ele. Amo-te mesmo nesse momento de tribulação e jamais renegarei a esse amor. Nunca renegarei quem me salvou.
Recebo Pai. Recebo nesse momento o seu poder, seu renovo se faz presente e posso sentir. Tua glória mais uma vez toma o seu lugar de honra, meu pedido está sendo atendido. Tu derramaste o teu infinito amor dentro de mim e teus mananciais refrigeram-me agora. Realmente o senhor me dá sinais, e restaura a minha fé. A calma do Senhor novamente repousa sobre mim.
Obrigado, está tudo em paz.

Sou Filho de Deus

Sou filho de Deus.
João Batista Neres Filho – 31/03/2008

Deus,
Olho para o firmamento,
E nas estrelas procuro algo que denuncie imperfeição.
Olho para a natureza, nela procuro algo que denuncie falta de harmonia.
Olho para os oceanos com suas criaturas estranhas, belas.
Ali percebo a Tua grandeza.
Quando então olho para dentro do meu ser
Percebo que a imperfeição se dá em mim.
Há limitações em meu corpo,
Não sou exemplo da tão propagada semelhança a Ti.
Estou preso, em meu ser não há liberdade.
Isso abala minha comunhão contigo.
Minha carne é cárcere do meu espírito.
Não sou livre para voar e alcançar as alturas,
Aí quando estou me sentido a pior das criaturas,
Seu olhar repousa em mim.
E, através de sua mente, percebo que estou errado.
Não devo voltar meu olhar para mim mesmo.
Devo olhar para Ti, e dizer que te amo.
Demonstrar a minha gratidão.
Pois até em meus momentos de conflitos,
Tua majestade se manifesta nos detalhes de minha mente.
Os olhos de minha alma são abertos,
E Tu me mostra a tua perfeição.
Criaste-me belo, a tua semelhança me fizeste.
Fui eu quem deformou a tua obra.
E na Tua infinita misericórdia, não deixaste que o dano fosse para sempre.
Na Tua infinita sabedoria, deste-me o livre pensar, o livre agir.
E foi nesse fato que trai a tua confiança.
A criatura quis ser melhor que o criador.
E para apontar minha importância, me deste teu filho,
Para apagar esse erro de minha história.
E para mostrar
Que em teus braços posso ir não nas alturas, mas acima dessas.
Que no amor de Teu filho repousa minha liberdade.
Que se seguindo os Teus passos,
Para mim não haverá prisões nem dimensões.
Nem pensamentos que me diminua perante a criação
Pois,
Deus faz com que o solitário more em família;
Tira os cativos para a prosperidade;
E faz com que: Só os rebeldes habitam em terra estéril. Sl. 68 v.6
Estou feliz, não sou órfão sou filho de Deus.
E é aí que está a minha beleza.