sábado, 17 de maio de 2008

PAIXÕES

Paixões – 16/05/2008.
João Batista Neres Filho.

Quantos enganos, tantos amores profanos,
Quantos amores perdidos, sofridos.
Quantos sonhos jogados fora, tantos devaneios,
Anseios não realizados, encontros frustrados.
Mentiras ditas, malditas, feridas abertas, malditas feridas.
Sozinho. Momentos passados, distantes, chorando.
Largado pela vida, promessas quebradas, coração arrebentado.
Cadê você que não me amou?
Onde estão seus olhos que nunca enxerguei?
Com qual caricia saciarei o seu desejo, qual a forma de seu corpo?
Quando será o primeiro beijo, quando te vejo?
Verei você um dia? Não sei.
Desejos mundanos, carnais, onde está seu aroma?
Qual a forma de seu amor? Amor tem forma?
Desejo. Ah maldito desejo, como aplacar sua urgência?
Animal ferido, acuado, enjaulado, dentro do peito o amor dói.
Amor por quem? Nunca existiu ninguém.
Amores, mentira, cara-metade ilusão.
Paixão, atração, secreções. Faça-se o homem.
O ser precisa existir.
Nada é o que é. O verniz na face sempre encobrindo.
Ninguém se descobre por inteiro, sempre há o oculto.
Que pena! Existem verdades e verdades.
Por isso, sofro, em mim não há reservas. Mostro-me por inteiro.
Choco, ainda bem!
De imediato sou amado ou odiado.
Nisso ninguém pode me enganar.
Estou sempre machucado, mas correndo sempre atrás de uma utopia: o amor.

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