sábado, 15 de novembro de 2008

Leito sem verdades

Leito sem verdades
João Batista Neres - 02/11/2008.

Nesse leito de mentira a alma se inebria.
O corpo se queima em um desejo ardente.
É fácil se entregar ao prazer.
Não há pureza de sentimentos não há reserva.
É um leito somente para caprichos, lascívia.
Cativos de corpo onde não há lugar para o amor.
Nesse leito sem pudor, de arroubos o animal mostra sua essência.
A volúpia se esgota, a energia da carne de esvai.
Nesse leito de inverdades só há libidinagem.
Chega ser pornográfico, insensato.
Devassidão, lubricidade, luxúria sensualidade.
São dois corpos crus, selvagens, nesse leito sem conversa.
Nesse leito não há lugar para passividade.
Só há egoísmo, urgência de desejos.
O animal volta ao seu estado primal.
O corpo invade, não pede licença.
Destrói qualquer resistência.
Para satisfazer libido.
Nesse leito sem verdade não há palavras.
O objetivo é o prazer, somente prazer.
Satisfeito cada animal segue sem rumos, opostos, distantes.
Mas logo estará novamente a procura de novos corpos.
Pois não houve saci-amento de almas.
Somente de corpos.
O ser segue vazio.